Pesquisar este blog

terça-feira, 15 de julho de 2008

O império contra-ataca

Ontem – 14 de julho – a queda da Bastilha fez aniversário. Mas quem ganhou o presente foi a nova Rainha das cervejarias, a empresa belgo-brasileira INBEV. Ao adquirir a tradicional estadunidense Budweiser, após a negociação que preencheu uma agenda de meses, a empresa foi coroada a maior Titã do ramo no planeta. E o seu poder político pode crescer proporcionalmente.
Pela natureza eminentemente empresarial, a nova gigante deve reforçar as alianças com o lucro nos países subdesenvolvidos, mercados onde os vinhos ainda não atraem tanto quanto as loiras geladas. E, como os súditos brasileiros foram apadrinhados pelos paradoxos, a maior cervejaria do mundo possivelmente não encontrará dificuldades para continuar crescendo e enchendo o baú de tesouros no país onde atualmente os motoristas devem submeter-se à tolerância zero do consumo de álcool. Seria este o fruto de uma democracia do sinal verde? Talvez! O certo é que a indiferença continua conduzindo a maioria das campanhas empresariais de responsabilidade social à economia do vermelho.
A autonomia de grande parte dos motoristas brasileiros ainda encontra-se sob a tutela de um dos dois senhores feudais que administram o fértil território: o álcool ou o Estado. Pelas conveniências, a ligação entre interesses políticos e empresariais nem sempre privilegia a legítima independência cognitiva, portanto, cabe aos consumidores promover uma nova e opulenta revolução renascentista. E não será preciso boicotar o consumo; apenas os excessos.

Um comentário:

Temperos e Desesperos disse...

Budweiser tbm é nossa???

ai meu fígado...