
A teoria recomenda o debate das idéias. E a prática consagra quem legitima as suas forças.
Pesquisar este blog
terça-feira, 28 de abril de 2009
O pai de todos!?

terça-feira, 21 de abril de 2009
A morte do caçador de militares

Tancredo Neves apoiou o presidente Jango até o derradeiro 1º de abril de 1964, quando os militares finalmente o depuseram. Diante do novo Regime, a legenda MDB converteu-se em seu escudo. Adotando uma postura moderada de combate à ditadura, Tancredo elegeu-se em três oportunidades. Em 1982, finalmente assumiu o governado de Minas Gerais. E após a luta pelas Diretas, seu destino seria a Presidência da República. Mas o homem que digeriu uma ditadura não resistiu a um tumor no intestino, convertendo a sua cerimônia de posse em velório.
Aos olhos da destemperada democracia brasileira, preservar a memória daquele 21 de abril talvez fosse uma missão para a história, que já o fizera em nome do "Alferes mineiro" ironicamente eternizado ao longo de três Regimes ditatoriais. A ausência de referências denuncia, no entanto, que a cruz carregada por Tancredo até 1985 não tinha peso suficiente para deixar uma grande marca; pois parece que chegou a hora de seu exemplo agonizar no imaginário dos brasileiros, campo ainda assombrado por fantasmas de mentalidade ditatorial.
Aos olhos da destemperada democracia brasileira, preservar a memória daquele 21 de abril talvez fosse uma missão para a história, que já o fizera em nome do "Alferes mineiro" ironicamente eternizado ao longo de três Regimes ditatoriais. A ausência de referências denuncia, no entanto, que a cruz carregada por Tancredo até 1985 não tinha peso suficiente para deixar uma grande marca; pois parece que chegou a hora de seu exemplo agonizar no imaginário dos brasileiros, campo ainda assombrado por fantasmas de mentalidade ditatorial.
quarta-feira, 11 de março de 2009
Uma frase infeliz pode mudar o mundo

A infância não será devolvida à frágil menina que aos nove anos carregava no pequeno ventre o involuntário peso de duas vidas. O procedimento cirúrgico que a salvou do parto chegou a condenar a equipe médica à excomunhão. Mas a maior ferida afligiu a infalibilidade papal, simbolizada pelo código do Direito Canônico. Com base no documento, as leis da Igreja foram aplicadas pelo arcebispo de Olinda, Dom José Cardoso Sobrinho. Em verdade, tratava-se de uma determinação eclesiástica. Mas seu grande impacto social ofereceu ao Estado Laico a chance de fincar raízes. À memória, o caso recomenda o resgate da imagem de Paulo Salim Maluf. Ou melhor, a lembrança de sua pior frase, proferida há 20 anos em uma universidade de medicina de Minas Gerais. Pois parece que a “distorcida doutrina” do “Estupra mas não mata!” continua servido aos discursos de oposição à banalização da morte.
quarta-feira, 4 de março de 2009
Com a cabeça nas nuvens

A folha da Coca é o elemento básico do chá que os bolivianos consomem sob as perspectivas de oxigenar o organismo e regular a digestão. A fórmula é indígena, e antiga, mas seu lucro é o novo fruto de um capitalismo opressor. E é com a frieza de uma máquina que a pujante indústria do mais pobre país da América do Sul pretende envolver o Estado em seus próprios cofres. E o apelo é forte! Afinal, em apenas um ano, cerca de quatro mil toneladas da Coca boliviana se transformam em Chás, farinhas, biomedicamentos e outros produtos. Além disso, a demanda interna é uma fronteira relativamente larga; pela cultura, e especialmente pelas margens das convenções internacionais.
Assinar:
Postagens (Atom)