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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Obama: a vitória é do sistema

A indústria cinematográfica estadunidense – sustentada pelos estúdios milionários de Hollywood – empenha-se na construção de um herói negro há anos. E a figura idealizada sempre é atrelada à iconografia política; especificamente ao cargo executivo nacional, em filmes onde geralmente as personagens costumam solucionar racionalmente grandes crises “reais” – econômicas e/ou catástrofes naturais. A história dos Estados Unidos oferece Martin Luther King, o ativista entregue à luta contra a segregação racial que tombou no revolucionário ano de 1968, como referência básica para estes produtos culturais. E, por esta predisposição semiótica, seu vulto serviu ao projeto midiático de exaltação à figura de Barack Hussein Obama; processo reproduzido durante a última campanha eleitoral. Mas Obama transcendeu a comparação, convertendo-se em presidente dos Estados Unidos ao superar efetiva e pacificamente o conservadorismo do adversário e o legado de seu ídolo. Com a vitória, aliás, Obama encarnou a personificação iconográfica do ideal democrático ocidental: a identidade de herói – de carne e osso.
A crise econômica que agita o mercado internacional é um desafio à altura de Hollywood, e do intelecto de Obama. E liderar o esforço para superá-la diplomaticamente pode potencializar o reconhecimento da função referencial dos valores absolutos da nação estadunidense. Ou, parafraseando George Lucas, com Obama, O Império Contra-Ataca!

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