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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O presidente vazio

O discurso nacionalista do presidente Hugo Chávez apresenta-se superficialmente como um ícone idiossincrático. À bem da verdade, suas propostas político-administrativas são sensível e paradoxalmente definidas como neopopulistas ou bolivarianas. Mas a natureza relativa destes ensaios interpretativos é produto da escassez conceitual de referências básicas e universais. Enquanto político, portanto, Chávez não consegue despir a fantasia de artífice do arquétipo demagogo.
Profissionalmente comprometido com o projeto de converter-se em objeto de adoração nacional, no início do mês, o Chávez venezuelano protagonizou uma cena à altura do estilo trapalhão de seu homônimo mexicano. Aliás, preenchendo um espaço público destinado ao debate de questões relevantes à nação com a narração da dificuldade que enfrentou para administrar uma crise de diarréia, o presidente da Venezuela ofereceu ao mundo – talvez sem querer querendo – provas irrefutáveis de que realmente é um político física e ideologicamente vazio.

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