
No Brasil, o espírito maniqueísta resumiu o conflito entre governantes e traficantes à polarização, inviabilizando o debate público. Portanto, a oficialização do consumo de drogas representa uma derrota para o Estado, e esse contexto legitima a inversão das funções através de um processo de mobilidade social que converte criminosos em empresários, e reduz o cidadão a consumidor. Legalizar o mercado de entorpecentes, portanto, é uma solução econômica que possivelmente não representará vantagem social.